Caí no golpe do motoboy. E agora?

O aumento frequente de um golpe direcionado a um público vulnerável, principalmente idosos e aposentados, tem gerado uma crescente onda de vítimas e perturbações significativas. Muitas dessas vítimas, sentindo-se envergonhadas, hesitam em compartilhar a situação com seus familiares.

A dinâmica do golpe começa com a vítima recebendo uma ligação de uma pessoa que se identifica como funcionário do banco no qual possui conta e de posse de seus dados pessoais, transmite uma falsa sensação de segurança. 

Então, essa pessoa fala que houve uma operação na conta que foi identificada como possível fraude e pede para a vítima confirmar se foi feita por ela. A vítima vai confirmar que não fez a operação (já que ela sequer existe).

Então, o suposto funcionário do banco informa que o cartão da vítima foi clonado e que fará o bloqueio preventivo da conta, pedindo para que alguns dados sejam confirmados, inclusive, senhas pessoais.

Depois disso, é pedido que o cartão seja cortado e entregue para um funcionário a serviço do banco, que fará a coleta em seu endereço (motoboy) e que a vítima receberá um novo cartão em breve.

Tudo parece resolvido.

No entanto, dias depois, a pessoa ao consultar seu extrato percebe que foi vítima de uma fraude e o estelionatários de posse do cartão e da senha, fez inúmeras operações, além da contratação de empréstimos bancários.

A vítima então, se vê privada de suas economias, além de, em muitos casos, ter empréstimos com taxas altíssimas a serem pagos.

O banco, ao ser noticiado, informa que não haverá o ressarcimento, diante do fornecimento de forma livre e espontânea da senha e do cartão. 

Tudo parece perdido, mas há esperança.

Para que o golpe seja possível, há o vazamento de dados pessoais dos clientes do banco, se tratando de defeito na prestação dos serviços. Assim, mesmo o banco informando que não é cabível o pedido de reembolso, judicialmente, é possível fazer o pedido de reparação dos danos materiais e morais, já que muitas das vítimas tem um abalo emocional em decorrência dos fatos vividos.

Então, caso tenha sido vítima ou conheça alguém que seja, saiba que há chances de ser ressarcido dos prejuízos materiais sofridos, além de ser possível um pedido de reparação pelos danos morais, basta entrar em contato para falar comigo.

Priscila Zanuncio.

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